quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Isolamento.

Como perceberam, meu 'diário' vem a ser mais 'quinzenal'.
Mas isso não importa, pois haverá regularidade! (algum dia...)
Mantenho - me afastada de forma misantrópica (Aversão social, repúdio ao ser humano em geral) na sala de aula.
Não apenas pelo fator conversa, e esse já me afeta - e muito, diga - se de passagem - vindo de todos os lados dentro daquele cubículo fechado, onde uma pessoa tenta dominar vinte e três e mantê - las em silêncio, pois estas mesmas não conseguem ficar de bico calado e ouvir o que é tentado - sim, muitas vezes só tentado - se transmitir.
Prefiro 'perder' meus recreios - só os ganho, garanto - imersa nas letras.
Mesmo que seja aquele livro que é criticado pelo professor de Literatura/Gramática e que sei bem que se trata de uma garota insegura, por isso identifico - me tanto com ela.
E mais ainda pelo fato de vê - la, ou melhor, lê - la encarando a solidão opcional.
Sinto - a em situação semelhante a minha.
Existem pessoas que a rodeiam, mas que ela não consegue confiar totalmente...
Observando minha sala de aula, percebo que não consigo integrar - me, definitivamente.
Quando tento, é como se a energia das pessoas das quais me certo, fossem transferidas para mim e me embriagassem, fazendo com que, às vezes, tome atitudes que venho a me arrepender depois.
Por que os grupos existem.
As divisões hierárquicas estão lá.
Os meninos em um canto, com seu líder e seu intelectual.
As maloqueiras - sinceramente -  que vivem cantando aquelas  músicas e que me fazem crer que pra elas é impossível concluir uma sentença sem 'enfiar' uma palavra de baixo calão no meio... Os meninos não ficam de fora e acreditam que elas são 'descoladas'...
Existem ainda aqueles seres indefinidos que ninguém consegue encaixar em nada.
Há uma diversidade de pessoas, jeitos e estilos envoltos em uma camada de hipocrisia. Mordem e assopram.
Creio que riem, mas no fim...
Eu já acreditei fazer parte de uma divisão dessas, mas eu não consigo ser nenhuma delas.
Os assuntos não se fazem atraentes aos meus ouvidos.
Me soam como zumbidos.
Não as reconheço. Pessoas estranhas.
Aprendo melhor sozinha, vivo melhor sozinha...
Sentada em um canto, deslocada e desligada do mundo.
Não é que eu fique imersa em mim o tempo todo, convivo sim, sem me aprofundar...
Por que eu não nasci colada com ninguém e consigo virar - me muito bem por mim mesma.
A boa convivência pra mim, é construída a partir de uma relação distante, sendo mais próxima com os professores.
E caso apareça alguém mais atraente intelectualmente além das mentes não - tão - pensantes que existem, talvez eu me envolva mentalmente e gaste meus neurônios com essa pessoa.
E verdadeiramente, não tenho estudado e me critico e magoo - me comigo mesma por isso.
Tenho que parar tratar minha irmã como visita e associá - la a minha rotina.
E como já diz meu pai aqui ao meu lado: "Estude, pois não tenho nada pra deixar pra ninguém, e você vê a luta do dia a dia. Se quiser ser alguém ou alguma coisa na vida..."
Cabeça nos livros.

#RumoAoEnem/Covest2013

Um comentário:

  1. Eu me identifiquei aí no texto!!! hehe. Tenho percebido que agr vc tá mais misantrópica do que o normal,mas não senta mais no canto,fica no meio.Porque apesar de eu ter características muito dúbias e indefinidas tem hora(admito) acredito me considerar um dos que ainda tem assuntos com vc.Ok? Vou começar a acompanhar LEL agr. Novos posts tbm no OTM. Vê lá. =D

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