domingo, 13 de novembro de 2011

Amizade vs. Escola.

Parece besteira, mas eu realmente posso afinar que com o tempo eu fiquei mais seletiva. Extremamente seletiva.
As pessoas crescem e amadurecem.
Coisas que antes me faziam sentir plena, num piscar de olhos já não tinham sentido algum.
Assim foram as meus círculos de relacionamento escolar...
Até meus 13 anos, a vida era, verdadeiramente uma festa.
Não via as coisas com a importância que realmente deveria ser atribuída à elas...
Só que eu sofri uma grande queda.
É, eu perdi minha melhor amiga, e após esse fato, meus olhos se abriram e eu pude ver o que me rodeava.
O encanto do Jardim do Éden quebrou - se e eu comecei a observar os fatos como realmente eram...
E então, os sorrisos pararam de parecer tão verdadeiros, as otimizações são tão falsas quanto uma nota de três reais, e eles sugam...
Sim, sugam o que há de melhor...
As farpas vêm e vão, de todos os lados, sem se preocupar com efeito que causará no outro.
Agem como demônios sedentos por desgraças e desavenças, e são tantos, que nem os Winchester dariam conta.
Glorificam - se na fofoca, enraízam - se no que há de pior dento do coração humano.
São amigos durante a prova, e depois? Que se dane o próximo, por que o próprio umbigo é muito mais interessante.
É assim que enxergo minhas relações escolares e não me envergonho.
Por que no fundo, todos acabam enxergando - se como concorrentes, para os quais têm quase a obrigação de sorrir torto e prestar bem atenção pra sempre manter - se em um patamar superior.
Não, não é coisa da minha fértil imaginação.
Eu sei o que é ser e estar isolada para uma não contaminação com a podridão que exala de todos os cantos.
Das conversas maldosas e totalmente desconexas que acontecem em um local onde o intuito principal deveria ser a aprendizagem e a preparação para encarar a vida lá fora.
Mas pra quê exatamente construir?
Muitos já tem o futuro garantido, pois seus pais que hoje os sustentam possuem o elixir da imortalidade, não é mesmo? Não, não é.
Eu até entendo, é o êxtase, a sensação de se ter a vida toda pela frente para recuperar...
Mas no fim das contas, em situações importantes, fica sempre a sensação de que deveria ter prestado mais atenção, fica a sensação de impotência no ar, o sentimento de o que diabos eu estou fazendo aqui?
E isso não os faz parar ou desistir. Pelo contrário, no outro dia, tudo foi esquecido, e o venho conhecido vou melhorar pra fazer melhor da próxima vez, ficou no dia anterior.
São amigos que se empurram no precipício, afundam juntos, chafurdam na ignorância...
E eu os repudio.
Por que já disse o ditado:
- Antes só do que mal acompanhada.

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